Na madrugada de domingo (6), a influenciadora Ana Paula Siebert, de 37 anos, usou os stories do Instagram pra fazer um desabafo. Tudo isso veio logo depois de ela e o marido, o empresário Roberto Justus, de 70 anos, soltarem um vídeo comentando os ataques de ódio que a filha do casal, Vicky, de apenas cinco anos, vem sofrendo nas redes sociais.
O motivo? A pequena apareceu em uma foto carregando uma bolsinha de grife que, segundo o que circula na internet, custa por volta de R$ 14 mil. A reação online foi intensa — e, infelizmente, passou dos limites do aceitável. Muita gente começou a criticar a exposição da criança, mas o problema foi muito além da crítica: chegaram ao ponto de fazer ameaças pesadas, incluindo incitação à violência contra a menina.
Justus, visivelmente indignado no vídeo, comentou: “O julgamento extrapolou o bom senso. Falaram que tinham que matar a nossa filha, na guilhotina. Matar a nossa família!”. Um absurdo completo. E a Ana Paula também não ficou calada. Ela disse algo que resume bem o sentimento: “Instigar a morte e o ódio é inaceitável. E se a gente assinar embaixo que a internet é a ‘terra de ninguém’, que todo mundo pode falar o que quer, não é assim que funciona”.
Ela ainda reconheceu que críticas fazem parte da vida pública, mas lembrou que existe um limite entre opinar e cometer crime. “Se a crítica é boba, tudo bem, cada um tem a sua opinião. Mas instigar a morte de alguém? Aí não dá…”, questionou a influenciadora nos stories.
Na legenda que acompanhava a publicação, Ana Paula deixou claro que raramente se pronuncia sobre comentários negativos. Ela explicou que prefere manter o foco em coisas boas, mas que, nesse caso, a situação fugiu do controle e exigiu um posicionamento. “Instigar a morte e a violência não é aceitável e não pode se tornar ‘normal’. Ontem, na rede social X, ameaças começaram após a publicação de uma foto nossa em família, aqui no Instagram”, escreveu.
O casal ainda agradeceu o apoio que recebeu de seguidores e amigos próximos. Foram, segundo eles, centenas de mensagens de carinho e solidariedade. “Não vamos aceitar esse tipo de posicionamento, seja de quem for”, reforçou Ana.
Esse episódio levanta uma discussão importante: até onde vai a liberdade de expressão nas redes? Em um tempo onde todo mundo acha que pode dar opinião sobre tudo, inclusive sobre a vida de uma criança, é urgente repensar os limites do digital. A internet não é mais aquele espaço sem lei dos anos 2000. Hoje, palavras têm peso — e podem sim gerar consequências legais.
Vale lembrar que casos parecidos têm acontecido com frequência. Recentemente, outras figuras públicas como Sasha Meneghel e Bruna Biancardi também relataram ameaças envolvendo seus filhos. A violência verbal online, infelizmente, tá virando rotina.
É claro que o valor da bolsa chamou atenção, afinal, R$ 14 mil é uma quantia que pra maioria das famílias brasileiras pagaria várias contas. Mas nada justifica ódio direcionado a uma criança de cinco anos. Aliás, nenhum tipo de ódio deve ser tolerado, mas quando envolve criança, o buraco é ainda mais embaixo.
No fim das contas, essa situação mostra o quanto ainda temos que evoluir como sociedade no uso da internet. Expor uma opinião é uma coisa, desejar a morte de alguém é outra bem diferente. E que bom que o casal decidiu se posicionar — porque calar diante de tanta violência não pode mais ser uma opção.