Na noite da última segunda-feira, dia 23 de junho, o jornalista William Bonner voltou do intervalo do Jornal Nacional com aquele tipo de notícia que faz o telespectador parar tudo e prestar atenção. Era o famoso “plantão” que muita gente já esperava, especialmente considerando os últimos acontecimentos no Oriente Médio. Ao retomar o comando do telejornal, Bonner anunciou um cessar-fogo — e não era qualquer trégua. Tratava-se de um acordo entre Irã e Israel, dois países que vivem em constante tensão há décadas.
Segundo o âncora da Globo, o acordo foi resultado de uma intervenção direta do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Sim, ele mesmo. Mesmo fora do cargo há alguns anos, Trump ainda gosta de se colocar no centro dos grandes acontecimentos e, aparentemente, conseguiu influenciar um dos conflitos mais delicados da atualidade.
Bonner leu o comunicado com aquele tom sério que já virou marca registrada: “O presidente americano, Donald Trump, anunciou agora há pouco que Israel e o Irã concordaram com um cessar-fogo. A trégua, segundo Trump, levará ao fim do conflito entre os dois países”, declarou, antes de passar a bola para a correspondente internacional, que apareceu direto de Jerusalém trazendo mais detalhes sobre o que estaria acontecendo nos bastidores da diplomacia.
O Jornal Nacional trouxe ainda o trecho do pronunciamento do próprio Trump. E ele, como sempre, foi direto e cheio de exclamações: “Foi totalmente acordado entre Israel e Irã que haverá um cessar-fogo completo e total (em aproximadamente 6 horas a partir de agora, quando Israel e Irã tiverem encerrado e concluído suas missões finais em andamento!), por 12 horas”.
Chama atenção o fato de que o cessar-fogo, pelo menos nesse primeiro momento, seria temporário — algo como um teste, talvez. Mas Trump disse com todas as letras que o objetivo é encerrar oficialmente a guerra dentro de, no máximo, 24 horas. O problema é que, enquanto o acordo era anunciado, informações davam conta de que um drone vindo do Irã havia sido abatido em pleno espaço aéreo israelense, mais precisamente nas Colinas de Golã. A região é um velho ponto de disputa e segue sob controle de Tel Aviv.
Ainda não está claro se esse episódio pode atrapalhar o andamento da trégua. Analistas dizem que há sempre grupos menores, não estatais, que continuam agindo mesmo quando os governos decidem parar. E o histórico da região mostra que cessar-fogos costumam ser frágeis. Mesmo assim, essa sinalização é considerada um avanço, ainda mais se for confirmada a participação de lideranças externas como Trump — o que levanta outras questões, inclusive sobre as intenções políticas do ex-presidente.
O curioso é que até o momento nem Israel nem Irã soltaram notas oficiais detalhando os termos do acordo. O mundo todo tá de olho, esperando pra ver se dessa vez o silêncio das armas vai durar mais do que algumas horas ou dias. No Twitter, claro, já virou trending topic, com milhares de pessoas comentando, apoiando, desconfiando e até ironizando a atuação de Trump nessa história toda.
A verdade é que, num cenário global tão conturbado, qualquer passo em direção à paz — ainda que pequeno ou cheio de desconfiança — já é motivo pra respirar um pouco mais aliviado. Agora, resta saber se esse cessar-fogo vai mesmo virar realidade ou se vai entrar pra lista de promessas que não se concretizam no palco tenso da geopolítica internacional.
Confira:
🚨AGORA: William Bonner anunciando no Jornal Nacional o fim da guerra entre Israel e Irã. pic.twitter.com/TLH8oG0RvV
— CHOQUEI (@choquei) June 23, 2025