O caso relacionado à enorme herança deixada por Gugu Liberato acaba de ter um novo desenvolvimento. A coluna “Erlan Bastos EM OFF” obteve acesso exclusivo a um relatório psiquiátrico de Rose Miriam di Matteo, que alega que a médica estava sofrendo de transtornos e estava emocionalmente perturbada e incapacitada quando assinou o Contrato de Compromisso Conjunto para a Criação dos Filhos em 25 de março de 2011.
Qual é o conteúdo do laudo?
O laudo médico ao qual o EM OFF teve acesso foi redigido por Thiago Fernando da Silva, um profissional formado em Medicina pela Universidade de São Paulo (FMUSP), com especialização em psiquiatria forense. A defesa de Rose Miriam solicitou o relatório para comprovar sua incapacidade no momento em que assinou o Contrato de Compromisso Conjunto para Criação dos Filhos em 25 de março de 2011.
De acordo com o laudo, Rose Miriam esteve hospitalizada entre janeiro e fevereiro de 2011, após recomendação de um médico psiquiatra, em virtude de uma tentativa de suicídio na qual teria ingerido uma quantidade significativa de medicamentos. Conforme registrado no histórico médico da época, foram identificados 12 comprimidos de Rivotril, 4 de Dramin, 10 de Dipirona, entre outros. O prontuário também menciona que Rose Miriam demonstrou intensa tristeza, expressou sentimentos de inadequação como mãe e relatou uma sensação de solidão.
Antes de ser internada, Rose Miriam utilizava diferentes medicamentos psiquiátricos e recebia acompanhamento psicológico desde abril de 2009. Segundo o médico responsável naquela época, ela apresentava um transtorno obsessivo-compulsivo.
Segundo informações obtidas pelo EM OFF, há um documento contendo uma mensagem que Rose Miriam teria enviado por e-mail. Nessa mensagem, ela expressa: “Cometi uma série de atos inadequados, estranhos e até mesmo perigosos recentemente. No entanto, preciso do seu perdão e, ainda mais importante, mesmo sabendo que será difícil, da sua confiança. Fiz um compromisso com Deus para não consumir nem mesmo uma gota de álcool e também para evitar o abuso de medicamentos. Seguirei rigorosamente as orientações do Dr. Pérsio e da Dra. Vera. Estou ciente da seriedade dos meus erros, mas também estou determinada a fazer o possível e o impossível para não repeti-los.”
Incapacitada?
Durante o período de internação, conforme indicado no relatório, Rose Miriam recebeu o diagnóstico de “episódio depressivo”. O documento também menciona que seu histórico médico de 2011 revelava “sintomas obsessivos pré-existentes associados ao relacionamento afetivo”, além de mencionar dependência de álcool.
Conforme relatado no laudo apresentado, Rose Miriam di Matteo apresentava “vários transtornos psiquiátricos” no momento em que o contrato foi assinado. Dessa forma, de acordo com o documento, ficou comprovado que esses transtornos, juntamente com o uso de vários medicamentos, afetaram a capacidade cognitiva da ex-companheira de Gugu e seu processo de tomada de decisão em relação à assinatura em questão.
Apesar de ter sido internada, Rose Miriam continuou utilizando medicamentos devido à sua condição de “instabilidade”. Foi necessário formar uma equipe de suporte, composta por familiares, funcionários e profissionais especializados em psiquiatria e psicologia. Esse processo levou cerca de um ano, entre janeiro de 2011 e janeiro de 2012.
Consequentemente, o médico encarregado do parecer afirma que, após examinar minuciosamente os documentos, é possível afirmar que Rose Miriam apresentava um quadro psiquiátrico grave e desequilibrado, com vários transtornos psiquiátricos concomitantes, no momento em que assinou o contrato com o apresentador. Em março de 2011, seus sintomas psiquiátricos estavam descompensados, logo após ter sido liberada de uma internação hospitalar decorrente de uma tentativa de suicídio, e ela se encontrava incapaz de realizar atos da vida civil.