Filho de Genivaldo ainda não sabe o que a PRF fez com o pai

Passado um ano desde o trágico falecimento de Genivaldo Santos, um homem portador de esquizofrenia que foi confinado no porta-malas de uma viatura da PRF e submetido à inalação de gás lacrimogênio por um período de 12 minutos, os familiares ainda vivenciam intensa dor e sofrimento.

Conforme relatado pela esposa, o filho do casal ainda não foi informado sobre as circunstâncias do falecimento de seu pai. Diante dessa situação, os familiares enfrentam a dificuldade de decidir como transmitir essa informação tão impactante a ele.

Maria Fabiana Santos, em uma entrevista ao G1, expressou a saudade profunda que seu marido deixa em casa, especialmente em relação aos cuidados com o filho pequeno.

Conforme relatado por ela, o filho constantemente se lembra do pai, especialmente em relação ao afeto com que era tratado.

“Ele lembra do jeito como o pai fazia o suco, do jeito dele de lavar as mãos, do que ele comprava no supermercado. São vários pequenos detalhes da rotina deles de que ele lembra”, disse.

Apesar da grande cobertura da mídia, a família conseguiu, até o momento, preservar a criança de obter informações verdadeiras sobre a morte de seu pai. Segundo a viúva, o filho acredita que seu pai faleceu devido a tiros.

“Essa é uma dor pela qual ele ainda vai passar. É uma dor com a qual ele ainda vai ter contato”, lamenta.

Da mesma forma, a mãe de Genivaldo Santos enfrenta um sofrimento constante desde o dia do homicídio de seu filho.

Durante uma entrevista à mesma fonte, a mulher compartilhou a perda do prazer de viver, descrevendo como deixou de dormir e de encontrar prazer na comida. Ela também mencionou as constantes lágrimas derramadas devido à dor da ausência de seu filho, bem como a revolta diante da crueldade cometida contra um inocente.