Casal possuía um apartamento em Cotia, que está alugado, e uma casa em Aldeia da Serra, na Grande São Paulo, avaliada em R$ 2,5 milhões
Adalberto Amarilio dos Santos Junior, um empresário conhecido no meio automotivo, foi encontrado morto em circunstâncias ainda cercadas de mistério, dentro de um buraco próximo ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A tragédia, que chocou amigos e familiares, tem levantado muitas perguntas — mas poucas respostas.
Quem falou com a polícia foi Fernanda Grando Dandalo, esposa de Adalberto. Em depoimento que a CNN teve acesso, ela revelou que o marido possuía um patrimônio considerável. Só na conta da empresa, que estava em nome dele, tinha ali por volta de R$ 1 milhão. Um valor alto, especialmente se considerarmos o momento econômico instável que o Brasil vem passando.
O casal morava atualmente numa casa em Aldeia da Serra, uma região nobre da Grande São Paulo, avaliada em nada menos que R$ 2,5 milhões. Eles também tinham um apartamento alugado em Cotia, o que indica que a situação financeira da família era, digamos, bem confortável. Além dos imóveis, a garagem da família era recheada: Adalberto tinha um Virtus — modelo que anda fazendo sucesso nas ruas — e uma BMW GS850, dessas motos que fazem qualquer amante de velocidade suspirar. Fernanda, por sua vez, circulava com um SUV HR-V, outro carro que não é nada barato.
Mas o que mais chama atenção nesse caso não são os bens, e sim a ausência de motivos aparentes pro que aconteceu. Segundo parentes e amigos, Adalberto era um cara tranquilo, sem inimigos, sem tretas com vizinhos ou funcionários. Não tinha dívidas, nem envolvimento com coisas erradas.
“O Junior era da paz, sabe? Brincalhão, sempre bem humorado, muito ligado à esposa e à família”, contou Guilherme Amarilio dos Santos, primo da vítima. Outros relatos reforçam essa imagem. Carlos José Dias Rego, outro primo e parceiro do grupo de amigos, disse que essa foi a primeira vez que Adalberto desapareceu. “Nunca sumiu assim, de uma hora pra outra. E pelo que eu sei, nunca recebeu ameaça nenhuma nem tinha rolo com ninguém”, afirmou ele.
A morte dele aconteceu numa área pouco movimentada, ali pelos arredores de Interlagos — e o local onde o corpo foi achado levanta ainda mais suspeitas. Até agora, a polícia não cravou se foi homicídio ou acidente. Mas com o perfil da vítima e a ausência de indícios claros, o mistério só cresce.
Esse caso já começa a ganhar atenção nas redes sociais, principalmente entre moradores da região e entusiastas do mundo automobilístico, onde Adalberto era figura conhecida. A hashtag #JustiçaPorAdalberto chegou a circular brevemente no X (antigo Twitter), impulsionada por amigos próximos que exigem uma investigação mais aprofundada.
Enquanto isso, Fernanda e a família tentam lidar com o luto e com a dor de não entender o porquê de tudo isso. A polícia segue colhendo depoimentos e analisando imagens de câmeras de segurança próximas ao local.
Num Brasil onde a violência parece andar lado a lado com o cotidiano, a morte de um homem aparentemente sem inimigos acende um alerta. Pode ser que o buraco em Interlagos esconda mais do que o corpo de Adalberto — talvez esconda também uma verdade difícil de encarar.