Como fica a guarda do filho de Marília Mendonça se Murilo Huff ganhar

A Complexa Luta pela Guarda de Leo: O Legado de Marília Mendonça e o Papel da Família

Nos últimos tempos, um caso que tocou muitas pessoas tem ganhado destaque na mídia: a disputa pela guarda de Leo, o filho de apenas cinco anos do cantor Murilo Huff e da saudosa Marília Mendonça, que tragicamente faleceu em um acidente aéreo em 2021. Com apenas 29 anos, Murilo Huff decidiu entrar com um processo na Justiça buscando a guarda unilateral do menino, atualmente sob a responsabilidade compartilhada com a avó materna, Dona Ruth.

A Situação Atual

É importante entender que, quando Leo nasceu, Marília Mendonça vivia com a sua mãe e, por muitos momentos, a avó foi a principal cuidadora do menino. A própria cantora, em algumas entrevistas, ressaltou como Dona Ruth estava sempre presente, cuidando das necessidades diárias do neto. Após a morte repentina de Marília, essa dinâmica não mudou muito; a avó continuou a ser uma presença constante na vida de Leo, e a guarda foi compartilhada entre Murilo e Ruth.

Barbara Heliodora, uma renomada advogada de família, explica que a Justiça brasileira normalmente procura manter a guarda compartilhada sempre que possível, pois isso garante que ambos os pais continuem a ter papel ativo nas decisões importantes sobre a vida da criança, como saúde e educação. No entanto, Murilo agora busca a guarda unilateral, o que significaria que ele teria mais controle nas decisões sobre a vida do filho.

Entendendo a Guarda Unilateral

A guarda unilateral é um tema delicado e, segundo Barbara, é uma exceção que só é concedida quando um dos pais é considerado ausente ou incapaz de oferecer um ambiente adequado para a criança. A advogada destaca que, para que o pedido de Murilo seja aceito, é necessário que se prove que Dona Ruth não está apta a cuidar de Leo.

No último dia 24 de junho, Dona Ruth se manifestou publicamente sobre o pedido de guarda unilateral feito por Murilo. Ela enfatizou que sempre esteve atenta ao bem-estar do neto e que já enfrentaram juntos momentos difíceis, como o diagnóstico de diabetes do menino, que foi percebido por ela antes de qualquer outra pessoa. Ela também ressaltou que Leo nunca recebeu pensão do pai.

A Importância da Relação Afetiva

Um ponto crucial nesta disputa é a relação afetiva estabelecida entre Leo e sua avó. Barbara menciona que, se houver laços emocionais fortes entre a criança e a avó, e a convivência for essencial para o seu bem-estar, o juiz pode decidir a favor de Dona Ruth. Isso se deve à jurisprudência brasileira, que reconhece a parentalidade socioafetiva como um fator importante nas decisões de guarda.

“Se uma criança foi criada por alguém que assumiu as funções maternas ou paternas, esse vínculo tem peso no contexto legal”, explica Barbara. Ela acredita que a história de vida de Leo, incluindo o fato de ter crescido na mesma casa e ter uma rotina estabelecida ali, fortalece a posição de Dona Ruth na disputa.

A Vontade da Criança e o ECA

Outro aspecto relevante é a vontade do próprio Leo. Embora ele tenha apenas cinco anos, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê que a voz da criança deve ser ouvida. Contudo, a decisão final ainda depende do juiz e é baseada em avaliações mais profundas, como a relação da criança com cada um dos cuidadores.

É interessante notar que Murilo tem compartilhado comprovantes de seus gastos com a educação e lazer do filho, mas esses não substituem uma pensão alimentícia formalizada. Barbara alerta que a pensão deve ser estabelecida judicialmente para que haja segurança jurídica. O cantor pode argumentar que as despesas complementam, mas não substituem a responsabilidade financeira que ele tem como pai.

Próximos Passos e Implicações Legais

Recentemente, Murilo participou de uma audiência sobre a guarda de Leo e, segundo informações não confirmadas, ele pode ter conseguido que a casa dele se tornasse o lar de referência para o menino. Isso significa que, se a guarda provisória for concedida a ele, Murilo passaria a ser responsável legal pelas decisões importantes na vida do filho.

Contudo, é fundamental entender que a guarda e a convivência são diferentes. Mesmo que a guarda provisória fique com Murilo, a Justiça provavelmente estabelecerá um regime de convivência que permita que Dona Ruth continue presente na vida do neto. Isso é essencial para respeitar os vínculos afetivos que foram construídos ao longo dos anos.

Considerações Finais

Esse caso revela não apenas uma batalha legal, mas também os desafios emocionais e as implicações familiares que surgem após a perda de um ente querido. A luta pela guarda de Leo é uma lembrança de como o amor e a proteção das crianças são fundamentais em momentos de crise. Independente do resultado, o bem-estar de Leo deve sempre ser a prioridade.

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