Mulher enterrada viva em MG ficou pelo menos 10 horas no túmulo; ela permanece internada

Uma notícia assustadora foi divulgada recentemente sobre uma mulher de 36 anos que foi encontrada enterrada viva no Cemitério Municipal de Visconde do Rio Branco, localizado na Zona da Mata mineira. De acordo com informações da polícia, a mulher pode ter ficado por pelo menos 10 horas no túmulo antes de ser encontrada por coveiros na manhã do dia 28 de março de 2023.

Acredito que possa ser um período aproximado de 10 horas. Se a gente fizer um cálculo, o horário pode ser um indício. Ela pode ter sido colocada lá de 22h a 2h da manhã”, detalhou o tenente da Polícia Militar Ely Dias Moreira, ao g1.

As circunstâncias do crime ainda são bastante obscuras, mas segundo a Polícia Civil, a mulher teria sido colocada no local como forma de vingança por não entregar uma pistola e substância tóxica que estaria guardando a pedido dos autores do crime. A mulher alegou que os produtos foram “extraviados”. A polícia já está investigando o caso e procura duas pessoas relacionadas ao crime.

O estado de saúde da vítima é considerado grave e ela segue internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital São João Batista. O fato de a mulher ter sobrevivido a um evento tão traumático é uma verdadeira prova da sua força e resistência física e emocional.

Esse caso nos lembra de uma triste realidade no Brasil: a violência contra a mulher. Todos os dias, inúmeras mulheres são vítimas de agressões físicas e psicológicas por parte de seus companheiros ou de outras pessoas próximas. Infelizmente, muitas vezes esses crimes não são denunciados e os agressores acabam ficando impunes.

De acordo com dados do Atlas da Violência 2021, o Brasil registrou 4.937 feminicídios em 2018, o que representa uma média de 13 assassinatos por dia. Além disso, os dados mostram que a violência contra as mulheres vem aumentando nos últimos anos. Em 2019, por exemplo, foram registrados mais de 1 milhão de casos de violência doméstica no país.

É importante ressaltar que a violência contra a mulher não se restringe apenas a agressões físicas. Muitas mulheres são vítimas de violência psicológica, patrimonial e moral, que muitas vezes são ainda mais difíceis de serem denunciadas e combatidas.



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