Por que Caçulinha saiu do Domingão do Faustão? Maestro causou emoção ao revelar decisão

Na madrugada dessa segunda-feira, dia 5, o músico e compositor Rubens Antônio da Silva, mais conhecido como Caçulinha, faleceu aos 86 anos num hospital em São Paulo. Ele estava internado, tentando se recuperar de um infarto que tinha sofrido há uns 10 dias. Perto dos últimos anos de vida, o nosso eterno ‘maestro’ relembrou sua saída do Domingão do Faustão, da Globo.

Caçulinha, nos últimos tempos, estava mais quieto, mais na dele. Ele sempre teve essa conexão com a música desde novinho e, ainda moleque, formava uma dupla com seu irmão, que tinha o nome artístico de Caçula. Com 20 anos, ele começou a tocar em festas e boates, e ali começou a trabalhar com um monte de gente famosa, tipo Luiz Gonzaga, Roberto Carlos, Elis Regina, Gal Costa e Maria Bethânia.

Pouco depois, Caçulinha começou a brilhar na televisão e participou de um monte de programas diferentes, de diversos apresentadores e emissoras, como Raul Gil, Ratinho e Faustão. No começo, ele estava no Perdidos na Noite, na Band, e depois foi junto com Fausto Silva para o Domingão do Faustão, na Globo.

Foi nesse programa que ele ficou super conhecido como maestro, ficando por lá mais de 26 anos. Então foi uma baita surpresa quando ele decidiu sair do programa em 2014. Apesar dos boatos, ele sempre deixou claro que não teve briga com o Faustão.

“Acabou a música, acabou a orquestra, as coisas lá foram mudando e voltou só depois de uns anos, mas aí eu já estava no Ronnie Von”, lamentou ele em uma entrevista pra Mariana Godoy. Depois de tanto tempo na Globo, ele falou que já não se via mais trabalhando lá e se sentia meio fora de lugar.

Além disso, a empresa com a qual ele trabalhava tinha rescindido o contrato com a emissora, o que complicou as coisas: “A Globo mudou a programação. Tinha acabado o contrato com a empresa para a qual eu fazia o jingle. Terminou o contrato e fiquei esperando e ninguém arrumava nada. Parado eu não ficaria”, contou ele.

“Fizemos um acordo, eu era PJ [contrato como pessoa jurídica]. Fiquei um ano tocando 30 segundos por domingo. Queria tocar e não tinha mais o que fazer. Aí apareceu Ronnie Von e assinei contrato com a Gazeta. Foi uma decisão dos dois lados”, explicou ele, que ainda fez parte do programa na Gazeta por um tempo.

Na época, Caçulinha ainda falou que tinha vontade de voltar pra Globo e que não tinha nenhuma bronca com os antigos chefes: “Não tenho, tá doido. Eu era amigo do doutor Roberto Marinho. Inaugurei a Globo em São Paulo com os três filhos dele. Mantive um bom relacionamento. Nunca deram mancada comigo, tudo o que pedia eu tinha”, revelou ele.

E assim foi a vida do Caçulinha, cheia de música e histórias pra contar. Ele deixa um legado imenso na música brasileira, e sua trajetória na televisão e nos palcos fica marcada pra sempre na memória dos fãs e amigos. Uma pena a gente perder mais um grande artista, mas a obra dele continua viva nos nossos corações e nas melodias que ele deixou.