Nikolas rompe o silêncio e entrega o motivo ao qual votou a favor de veto de Lula: ‘coerência’

Na última quinta-feira, 19 de junho, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) resolveu abrir o jogo e se posicionar publicamente após uma onda de críticas e manchetes, principalmente vindas de setores da esquerda, sobre sua votação relacionada ao veto presidencial que trata da regulamentação da energia eólica offshore — ou seja, aquela gerada em alto-mar.

Muita gente ficou confusa com o que realmente aconteceu e o parlamentar precisou esclarecer que votou a favor da manutenção do veto do presidente Lula (PT), contrariando o que andaram dizendo por aí. Segundo ele, o que está circulando nas redes e em alguns veículos de imprensa seria, nas palavras dele mesmo, uma “fake news”.

“Estão espalhando que eu votei contra o veto do Lula, como se eu quisesse aumentar a conta de luz da população. Isso é mentira, uma mentira descarada”, disse Nikolas em vídeo postado nas redes sociais. “Votei para manter o veto, e isso está registrado, é público, dá pra conferir no site do Congresso Nacional.”

O veto em questão, feito por Lula, barrou um projeto de lei que poderia facilitar a implementação de novas regras para a exploração de energia eólica em mar aberto. Segundo defensores do projeto, essa regulamentação traria segurança jurídica para investidores e ajudaria na diversificação da matriz energética brasileira. Já os críticos — e aí entra Lula — alegam que o texto não atendia completamente os interesses ambientais e jurídicos necessários, podendo abrir brechas para exploração desenfreada ou mal regulada.

Apesar de ser conhecido como um dos nomes mais barulhentos da oposição ao governo petista, Nikolas alegou que nesse caso votou por coerência. “Não é porque sou oposição ao Lula que vou votar contra tudo só por birra. Nesse caso, achei que o veto fazia sentido, e mantive minha posição com base no que acredito ser o mais correto”, declarou.

O deputado também aproveitou para criticar aqueles que, segundo ele, usam o discurso da verdade como escudo, mas praticam justamente o contrário. “O mais curioso — ou irônico, sei lá — é que quem vive me chamando de mentiroso são justamente os que mais espalham mentiras ao meu respeito. A acusação virou ferramenta política. Você não concorda? Pronto, é fake news.”

A repercussão nas redes foi, como sempre, dividida. Entre seus apoiadores, houve elogios à sua “postura racional” e à capacidade de “não agir com ódio”. Já os críticos mantiveram o tom ácido, acusando o parlamentar de tentar se limpar após uma decisão impopular com parte de sua base mais radical.

A votação do veto, que passou no Congresso com margens apertadas, reacendeu o debate sobre o papel dos parlamentares de oposição: até que ponto se deve manter a linha ideológica e quando é hora de adotar um posicionamento mais técnico?

Fato é que Nikolas, mais uma vez, virou protagonista nas redes. Seja por suas posições controversas, seja por sua habilidade de transformar qualquer embate político em conteúdo viral. Amor ou ódio, o nome dele continua em alta.

E como ele mesmo costuma dizer nas entrelinhas dos seus discursos: coerência, ao contrário do que muitos pensam, não é sinônimo de alinhamento cego, mas de saber onde se pisa — mesmo que o mar esteja revolto, como no caso da energia eólica offshore.

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