Há pouco tempo, a apresentadora Gloria Maria, submeteu-se a uma nova cirurgia complicada depois de descobrir, no susto, um tumor expansivo no cérebro. Nos dias atuais, ela encara com maturidade o tratamento, que inclui sessões diárias de radioterapia. E ela se diz “transformada” depois do episódio.
“Comecei a ver máscaras caindo, uma a uma. Pessoas que pensei que estivessem do meu lado, não estão. E outras, que nunca imaginei, se prontificaram em ajudar. Teve gente da minha família perguntando: ‘Quem está administrando os bens da Gloria? Ela é uma incompetente com dinheiro’. Mas também houve coisas maravilhosas, verdadeiros anjos da guarda. Foi a experiência mais transformadora da minha vida”, contou a apresentadora do “Globo Repórter” à revista “Ela”, do jornal “O Globo”.
Ainda no desabafo, a apresentadora contou ainda alterações que ocorreram na sua rotina depois do tumor. “Eu, que raramente acordava antes das 10h, passei a levantar às 4h45m. Ninguém sabe explicar o motivo. Também acabou minha impulsividade, estou calma. Além de estar de café tomado às 7h, já tenho a vida organizada até março de 2020. Antes, era o oposto: desorganizada, chegava atrasada em todos os compromissos. Agora sou a primeira a chegar. Parece que minha energia toda se renovou, reorganizou”, desabafou.
No desabafo, a contratada revelou que está em paz (“Nunca estive tão bem de cabeça”) e consegue até relaxar com a dieta. “Sou louca por um bolo de milho com coco, um outro de aipim com tapioca e uma broa que vende aqui perto mas, ao longo da minha existência, só tinha comido uma vez. Agora, como todos os dias no meu café da manhã. Devo estar uns quatro quilos mais gorda. Mas não estou preocupada. Estou sentindo um prazer que você não imagina”, confessou.
Bomba-relógio”
Na bate-papo, Glória lembrou como se sucedeu o desmaio que salvou sua vida. Vale lembrar que a apresentadora sofreu a queda em sua própria residência, após voltar de um jantar. “Bati com a cabeça na quina da mesa de vidro e, não sei como, caí, mas levantei. Subi as escadas, fui para o meu quarto, tirei a roupa e deitei. Era de sexta para sábado. De manhã, tipo 8h, acordo com a minha filha Laura: ‘Mamãe, mamãe, você vomitou?’. Quando olhei a cama era um mar de sangue. Joguei quatro travesseiros fora”, recordou.
Na Clínica São Vicente, ela passou pelos primeiros atendimentos e exames. “Descobriram um tumor de alta expansividade, algo que pode matar em semanas. Eu escapei porque, em volta dele, criou-se um edema e uma inflamação que me fez desmaiar. Se eu não tivesse desmaiado e aberto a cabeça, estaria morta agora”, afirmou.
Ela só entendeu a gravidade da situação, no entanto, ao receber um telefonema do neurocirurgião Paulinho Niemeyer de madrugada. “Ele insistiu: ‘Gloria, seu caso é cirúrgico. Você está com uma bomba-relógio. Tenho até as seis da manhã de segunda-feira para te operar’”,