Foi isso que socorristas se depararam ao chegar até corpo de Juliana Marins em fenda de vulcão

Depois de dias de muita angústia e uma operação complicada que enfrentou de tudo um pouco, chegou a notícia que ninguém queria ouvir: Juliana Marins, 28 anos, foi encontrada sem vida no Monte Rinjani, na Indonésia. A confirmação veio da própria família nesta terça-feira (24), logo após os socorristas finalmente conseguirem chegar até o local do acidente.

Juliana tinha desaparecido no sábado (21), depois de sofrer uma queda durante uma trilha. Segundo os relatos, ela ficou presa num ponto de difícil acesso, mais ou menos uns 500 metros abaixo da trilha principal, numa parte cheia de penhascos e terreno bem traiçoeiro. A equipe de resgate só conseguiu chegar lá depois de muito esforço — e quando chegaram, infelizmente, já era tarde.

“Hoje, a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, escreveu a família nas redes sociais, em um post que comoveu milhares de seguidores.

Juliana tava viajando pela Ásia desde fevereiro, curtindo um mochilão cheio de aventuras. Era dançarina de pole dance, natural de Niterói, no Rio. Vivia postando fotos e vídeos das experiências que tava vivendo por lá, mostrando uma vida simples mas cheia de significados.

Buscas com muitos obstáculos

Desde que a queda foi reportada, as buscas foram um verdadeiro desafio. Teve neblina grossa, tempo fechado, muita pedra escorregadia e até falta de cordas com o tamanho suficiente pra alcançar a fenda onde ela caiu. Helicópteros estavam até prontos pra ajudar, mas o clima não colaborou. Em certo momento, conseguiram localizar Juliana com a ajuda de um drone, mas não havia como chegar até ela com segurança.

As imagens captadas pelo drone mostravam ela imóvel, presa num ponto perigoso. Os dias foram passando e a esperança foi diminuindo, mas os socorristas não pararam. A operação envolveu equipes locais e voluntários, alguns deles experientes em trilhas na região.

Pai ficou preso em Lisboa

O pai da Juliana, Manoel Marins Filho, tentou ir até a Indonésia pra acompanhar de perto o resgate. Mas enfrentou um problema inesperado: acabou preso no aeroporto de Lisboa por causa do fechamento do espaço aéreo do Catar — uma situação que, segundo as autoridades, teve a ver com tensões recentes no Oriente Médio. Ele ficou lá tentando embarcar de qualquer jeito, mas não conseguiu chegar a tempo.

Agora, a família tá tentando levantar apoio e recursos pra trazer o corpo da Juliana de volta ao Brasil. Um processo difícil, caro e burocrático, que envolve vários trâmites internacionais. Eles pedem ajuda pública pra conseguir dar um fim digno a essa história tão dolorosa.

Repercussão nas redes e comoção

A morte de Juliana gerou uma onda de tristeza nas redes sociais. Amigos, conhecidos e até gente que acompanhava ela de longe, todos deixaram mensagens lamentando o ocorrido. Muitos disseram que ela inspirava coragem e liberdade — vivendo intensamente, sem medo de se jogar na vida.

“Ela tava realizando um sonho. E mesmo que tenha acabado assim, pelo menos viveu de verdade”, escreveu uma amiga próxima num dos comentários mais compartilhados.

O caso chamou atenção de vários veículos da imprensa e virou símbolo dos perigos que trilhas e aventuras podem trazer, mesmo pra pessoas experientes. Fica agora a memória de uma jovem que buscava o mundo — e encontrou um destino trágico onde muitos vão apenas pra admirar a paisagem.