A morte do empresário Adalberto Amarílio dos Santos Júnior ainda tá dando o que falar. O caso tomou conta dos noticiários e, mesmo passados alguns dias, a história continua gerando dúvidas, burburinhos e, claro, muita indignação. Adalberto desapareceu no dia 30 de maio, depois de marcar presença num evento realizado no Autódromo de Interlagos, lá na zona sul de São Paulo. Parecia um dia comum, cheio de gente, de barulho de motores, de adrenalina no ar. Mas o que era pra ser só mais um evento, virou tragédia.
Quatro dias depois do sumiço, o corpo dele foi encontrado num buraco (!) a apenas 200 metros do local onde ele tinha deixado o carro estacionado — dentro do próprio Autódromo. A polícia, que desde o início já não tava muito convencida de que isso foi um acidente, mergulhou de cabeça nas investigações. Tanto que a própria Ivalda Aleixo, chefe do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), assumiu o caso pessoalmente. Quando o chefe entra em campo, é porque o negócio é sério mesmo.
Desde o início, já ficou claro pra polícia que não foi algo casual. Nada de acidente ou desaparecimento voluntário. Tudo indica que Adalberto foi assassinado — e essa, por enquanto, é a única linha que tão seguindo. Ele chegou no evento por volta do meio-dia e, lá, encontrou um amigo, Rafael Aliste. Passaram boa parte do tempo juntos. Fizeram test-drive de moto (ele gostava muito dessas coisas, segundo a esposa), mandou mensagem pra ela às 19h48 e, a partir daí, sumiu. Às 21h12, quando ela tentou falar com ele de novo, o celular já tava desligado.
O curioso (e que vem levantando a sobrancelha de muita gente) é que o tal amigo, Rafael, apareceu depois com imagens de uma câmera de segurança do condomínio onde mora. O relógio da gravação marcava 23h10 quando ele chega em casa. Desde o início, ele tem colaborado com a investigação, prestou depoimento, contou com detalhes como foi o dia no Autódromo — disse que eles tomaram cerveja, fumaram maconha e até assistiram ao show do Matuê, que se apresentou lá naquele dia.

É claro que a internet já tá cheia de especulações. Tem gente dizendo que o caso vai além do que se vê. Que talvez tenha a ver com negócios, com brigas antigas ou até com algo mais obscuro. Mas por enquanto, nada confirmado. O que se sabe de fato é que o corpo foi encontrado de forma esquisita, num lugar onde muita gente passa, o que levanta a questão: como ninguém viu nada? Nenhum segurança, nenhuma câmera do autódromo, nenhum movimento suspeito?
O Brasil já viu casos parecidos, onde o crime acontece à luz do dia e mesmo assim parece que tudo é invisível. A comoção é grande — não só pelo caso em si, mas pela sensação de que a violência tá cada vez mais presente, até nos lugares mais inesperados. E que, muitas vezes, a resposta demora ou nunca vem.
Agora é esperar. Esperar a polícia ligar os pontos, as provas surgirem, os depoimentos baterem. E que, no fim das contas, a verdade apareça — doa a quem doer. A família de Adalberto, os amigos, e quem acompanha o caso de longe, merece uma resposta. Porque ninguém simplesmente desaparece no meio de um evento, com tanta gente por perto, e depois aparece morto sem que haja um motivo.
A pergunta que não quer calar: quem matou Adalberto — e por quê?