O Retorno de um Slogan: Bolsonaro e o Eco de Trump em São Paulo
No último domingo, dia 29, um evento bastante movimentado tomou conta da avenida Paulista em São Paulo. O ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL, resgatou um slogan que muitos consideram emblemático, o “Make Brasil Great Again” (Tornar o Brasil Grande Novamente), claramente inspirado no famoso “Make America Great Again” do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Este ato foi promovido sob o título de “Liberdade e Justiça” e atraiu uma multidão de apoiadores e curiosos.
A Frase que Ecoa
A frase utilizada por Bolsonaro não é apenas um slogan; ela carrega consigo um simbolismo profundo e uma conexão direta com o movimento patriótico de Trump. A escolha dessa expressão levanta questões sobre a influência que a política americana pode ter na dinâmica política brasileira. Afinal, a repetição de um mantra tão conhecido pode despertar tanto nostalgia quanto um desejo de mudança entre os eleitores.
Durante o evento, o deputado federal Gustavo Gayer, do PL-GO, fez questão de ressaltar algumas declarações de Bolsonaro que marcaram sua passagem pela presidência. Ele se referiu a uma fala do ex-presidente em um ato pela anistia, que aconteceu em Brasília em abril. Naquela ocasião, Bolsonaro citou a frase em inglês: “Popcorn and ice cream sellers sentenced for coup d’état in Brazil” (vendedores de pipoca e sorvete condenados por tentativa de golpe de Estado no Brasil). Essa referência não é mera coincidência, pois remete a um caso específico que envolveu dois vendedores que foram condenados em um processo controverso relacionado aos eventos de 8 de janeiro de 2023.
A Resposta de Bolsonaro
Quando Gayer mencionou essa frase, Bolsonaro interrompeu o discurso do deputado com um comentário inusitado: “I don’t speak English” (Eu não falo inglês). Essa resposta, embora leve, revela uma certa desconexão com o que acontece ao redor e também a estratégia de se manter próximo do seu eleitorado, que muitas vezes valoriza a simplicidade nas suas expressões.
Críticas ao Governo Atual
O evento também foi palco de críticas ao atual governo de Lula. Governadores como Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP) e Romeu Zema (Novo-MG) se uniram a Bolsonaro para levantar questionamentos sobre a administração atual, apontando o governo petista como responsável por problemas econômicos, como os altos juros e a corrupção. O clima entre os apoiadores parecia energizado, com muitos pedindo a volta do voto impresso e criticando a atuação do Supremo Tribunal Federal.
Uma das falas mais contundentes de Bolsonaro durante o evento foi sua acusação de que a esquerda é a responsável pela desordem ocorrida no dia 8 de janeiro. Ele foi além e atacou Lula por se alinhar com o Irã em questões internacionais. “A Rússia estava ao lado de criminosos de guerra e ditadores e o atual presidente do Brasil. Outras consequências virão quando Lula assumir ter lado no conflito Irã x Israel. Ele ficou do lado do Irã, país que quer a bomba atômica para varrer Israel do mapa”, afirmou.
Meta para o Futuro
Bolsonaro também fez um apelo para que seus apoiadores se mobilizassem na eleição de 2026. Ele acredita que, se conseguir 50% da Câmara e do Senado, poderá mudar o rumo do Brasil, afirmando que, independentemente de onde estiver, quem assumir a liderança do Congresso terá mais poder do que o próprio presidente. Essa frase reflete uma estratégia de mobilização que visa fortalecer sua base política e garantir uma representação robusta nas próximas eleições.
Homenagens e Críticas ao Judiciário
O evento foi marcado ainda por homenagens a figuras que enfrentaram problemas com a Justiça, como a deputada Carla Zambelli e o deputado Daniel Silveira. O deputado Sóstenes Cavalcante (PL) pediu aplausos em reconhecimento a esses indivíduos, chamando-os de “guerreiros perseguidos pela Justiça”. A crítica ao STF também foi uma constante nas falas dos deputados presentes, que acusaram o tribunal de censura e de agir de forma autoritária.
O Futuro da Direita Brasileira
Em conversas com a CNN, o senador Flávio Bolsonaro destacou que, caso seu pai, Jair Bolsonaro, não se candidate em 2026, não haverá vaidade na escolha de um representante da centro-direita. A ideia de que a prioridade deve ser a defesa da liberdade e do futuro do país foi enfatizada, refletindo um sentimento de urgência entre os membros do grupo.
Portanto, o ato na avenida Paulista não foi apenas uma reunião de apoiadores, mas um momento de reafirmação de ideais e estratégias para o futuro. A política brasileira continua a se moldar a partir das experiências passadas e das influências externas, e o que se viu neste domingo pode ser um sinal do que está por vir.
Se você quer saber mais sobre os rumos da política brasileira e como esses eventos impactam nossa sociedade, não hesite em deixar seu comentário e compartilhar suas opiniões!