Nessa última semana, uma notícia triste tomou conta das redes e da mídia: a jovem Juliana Marins, de apenas 26 anos, acabou falecendo depois de cair de um penhasco durante uma trilha num vulcão lá na Indonésia. Um caso que abalou todo mundo, ainda mais pela forma que aconteceu e pelos detalhes que vieram surgindo aos poucos.
Mas no meio de tanta tristeza, também teve um gesto bonito vindo de alguém inesperado. O jogador Alexandre Pato decidiu ajudar a família da Juliana num momento tão difícil. De acordo com o Portal Leo Dias, ele bancou as passagens de avião pro pai e pra prima da Juliana voltarem ao Brasil. Eles estavam na Indonésia tentando resolver tudo e acompanhar os trâmites de lá.
Antes disso, o próprio Pato já tinha se oferecido pra pagar o translado do corpo da jovem, mas a família acabou recusando porque a prefeitura de Niterói (cidade onde Juliana nasceu) assumiu os custos. Só que essa ajuda da prefeitura tinha limite: cobria o corpo, mas não incluía as passagens da família. Aí foi quando o jogador entrou de novo e pagou do próprio bolso a volta deles pro Brasil. Eles devem chegar aqui na semana que vem, junto com o corpo da publicitária, que tá sendo aguardado com muita dor e saudade pelos amigos e familiares.
Questões sobre a autópsia geram revolta e incerteza
A dor da perda é grande, mas pior ainda é lidar com a falta de respostas. A família da Juliana tá contestando as informações que saíram no laudo da autópsia. O médico legista que analisou o corpo afirmou que ela morreu por trauma: fraturas, lesão em órgãos internos e uma hemorragia forte. Ele disse também que não teve sinal de agonia prolongada, o que daria a entender que a morte foi relativamente rápida.
Mas a família não concorda com isso. O legista apontou que a morte teria acontecido entre 12 a 24 horas antes das 22h05, só que ele não deixou claro se isso foi no sábado, domingo ou segunda. Isso é um problema, porque Juliana caiu na madrugada de sábado (dia 21), mas o corpo só foi resgatado na terça-feira (dia 24).
A irmã da Juliana, em entrevista ao jornal O Globo, disse que esse laudo entra em contradição com os relatos de turistas que tavam lá na hora e com vídeos que mostram que ela ainda tava viva muito tempo depois da queda. “Se o legista disser que a morte foi 12 horas após a primeira queda, isso é mentira. Temos vídeos, registros, tudo mostrando que a Juliana ficou viva por bem mais tempo. O ferimento fatal pode ter sido na última queda, já quando tavam perto de resgatar ela”, explicou.
A situação mexeu com muita gente. A tragédia aconteceu numa trilha famosa no Monte Rinjani, que atrai aventureiros do mundo todo. Mas também levanta alertas sobre os perigos dessas expedições, principalmente quando faltam recursos ou socorro rápido em áreas isoladas.
E nesse meio tempo, o gesto do Pato — que nem tinha ligação com a Juliana ou com a família dela — mostra que, mesmo em tempos difíceis, ainda existe empatia e solidariedade de verdade. Às vezes, quem menos se espera acaba fazendo a diferença num momento como esse.