Nesta segunda-feira (2), a polícia militar encontrou os corpos de uma mulher e seu companheiro em Vila Bela, zona leste de São Paulo. A vítima foi identificada como Jaqueline Carletto, 29 anos.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o caso foi registrado como feminicídio e suicídio pela 49ª DP (São Mateus), e foi solicitada perícia.
O companheiro de Jaqueline, identificado como Denis Magalhães, suicidou-se após matar a mulher. Nas redes sociais, um parente da mulher expôs que seu parceiro a matou com veneno e água fervente.
“Quem vê cara não vê coração. Maldito, matou minha sobrinha, acabou com a nossa família. Chegou na família como um coitado que não tinha onde morar, minha sobrinha te deu um teto pra morar, te apresentou uma família digna e você fez isso com ela, vagabundo. Como pode dar veneno e jogar água quente na esposa que falava que amava? Frio calculista. Fez tudo planejado, ficou com ela dois dias trancado. Monstro!!!”, declarou a tia Margareth Fenolio, em uma rede social.
Feminicídio
De acordo com registros criminais divulgados pela Secretaria de Segurança Pública (SSP), o estado de São Paulo teve um aumento de 42% nas taxas de feminicídio em um mês.
A violência contra as mulheres aumentou durante a pandemia de Covid-19, que impõe medidas de distanciamento social ainda em vigor no estado.
O Brasil tem atualmente a quinta maior taxa de homicídios femininos do mundo. Conforme com o Mapa da Violência de 20155, o número de assassinatos chegou a 4,8 por 100.000 mulheres. O mesmo mapa informa que entre 1980 e 2013, 106.093 mortes foram atribuídas a mulheres.
Ressaltando, o 15º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (15), pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, aponta Mato Grosso com maior índice de feminicídio. De todos os homicídios de mulheres registrados no estado, 59,6% são classificados como feminicídio. No país, esse percentual é de 34,5%. a partir de 2021