O Brasil ficou chocado com o crime brutal ocorrido em Patos, na Paraíba. Um adolescente de 13 anos pegou a arma de fogo do pai, que é policial aposentado, e tirou a vida da própria mãe, o irmão de sete anos, e tentou fazer o mesmo com seu pai.
O pai de 56 anos felizmente sobreviveu e está no hospital. Segundo o cirurgião, o pai do adolescente não está entubado, consciente e orientado. “Está paraplégico, sem sentir as pernas, mas está estável. Ele vai ser avaliado dia a dia para dizer alguma coisa a mais”.

A princípio, o filho negou ter cometido o crime. E a própria polícia inicialmente pensou que ele era uma vítima, um sobrevivente do massacre. Mais tarde, no entanto, à medida que a investigação avançava, ele foi listado como suspeito. E na delegacia ele confessou.
Em entrevista, o delegado responsável pelo caso expôs que o motivo foi devido a uma discussão familiar em relação as notas baixas na escola e a apreensão do celular do menino.
No decorrer da entrevista o delegado expôs uma situação bastante atípica do garoto ao descobrir que o pai ainda estava vivo. “Eu percebi que ele, quando soube que o pai ainda estava vivo, se assustou. Acho que ele estaria mais satisfeito se todos os três tivessem falecido”.
O policial aposentado, baleado no tórax, foi encaminhado inicialmente para o Hospital Regional de Patos, porém a gravidade de seus ferimentos precisou imediatamente à sua transferência para o Hospital de Trauma de Campina Grande.
MÃE DORMIA
O delegado Renato Leite declarou que o pai do adolescente havia saído para comprar remédios para a mãe, que estava com dor de dente e dormia no quarto do casal. Momentos antes, o PM aposentado confiscou o celular do filho por conta das notas baixa da escola. O rapaz então pegou a arma de fogo, que estava guardada no escritório do pai.
“A mãe estava esperando no quarto, deitada, dormindo. Ele chegou, colocou a arma na cabeça dela e atirou. O barulho do tiro assustou o irmão, que estava em seu próprio quarto e brigou com o adolescente quando percebeu o que havia feito. O autor até correu atrás do menino para atirar nele. Nesse momento, o pai chegou à casa. O pai tentou intervir para que ele soltasse a arma, e ele acabou atirando no pai, que caiu no quarto”, relata Leite.
“O irmão, vendo o pai caído, tentou ajudá-lo e o abraçou. Foi quando o adolescente atirou no irmão pelas costas. Em seguida, o menor colocou a arma de volta no escritório, ligou para o Samu e tentou fazer parecer que tinha sido vítima de um assalto”, concluiu.