Somente garantir um valor mais elevado para o novo Bolsa Família – atual Auxílio Brasil – não vai ser o bastante para que o próximo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha uma política eficaz no combate à pobreza. Sem depurar o Cadastro Único e focar especialmente no perfil das pessoas atendidas, o programa pode se tornar incapaz para ter um resultado abaixo do seu potencial. E a equipe de transição do novo governo tem esse conhecimento que será necessário um “pente-fino” nos benefícios, de olho especialmente nas concessões individuais.
A avaliação é que o Brasil passou a enfrentar uma distorção no Cadastro Único. Depois disso passou a ter um forte aumento na quantidade de famílias compostas por apenas um integrante – taxada de unipessoais – incluídas pelo programa social. Em agosto, cerca de 5,3 milhões estavam nessa condição.